Lembro quando pequena ouvia sempre da minha mãe:
- Filha, todos caminham para direita e só você para esquerda...você acha que está certa ? Quem pode estar errada ? Huh?
Ou:
- Filha os heróis morrem cedo, os covardes estão vivos.
Minha mãe é uma seguidora nata de regras. Regras são feitas para serem seguidas, não questionadas.E ela acreditava que era e é o melhor...
Imagino o que deva ter sido para ela me criar...
Pequena, eu sempre achei isso sem nexo, adolescente uma estupidez...e adulta...bem tinham "certeza" que eu me "renderia "e veria a razão de tudo...
Mas o tempo, esse sábio, me deu , ao invés de mudança de rota para acreditar nas declarações acima mais argumentos para exatamente validar o que acredito.
Vi agora uma declaração do Richard Branson:
"Os corajosos podem não viver para sempre, mas os covardes não vivem nunca".
Voltei no tempo...e ri...
Nadar contra a correnteza, com o tempo, com muita análise, me deu músculos para correr atrás do que é meu e não seguir o fluxo do coletivo.
Músculos...
sábado, 31 de março de 2012
sexta-feira, 30 de março de 2012
Antes, Hoje
A escultura de Bruno Catalano para a poesia de Ênio Mainardi.
"Antes
o tempo estava
na minha frente.
E me puxava
com tanta força
que eu quase não via nada.
Hoje
o tempo está
nas minhas costas.
E me segura
com tantas coisas do passado
que mal vejo
a mim mesmo."
"Antes
o tempo estava
na minha frente.
E me puxava
com tanta força
que eu quase não via nada.
Hoje
o tempo está
nas minhas costas.
E me segura
com tantas coisas do passado
que mal vejo
a mim mesmo."
quinta-feira, 29 de março de 2012
quarta-feira, 28 de março de 2012
terça-feira, 27 de março de 2012
Elevador da discórdia
Não tem jeito...
Morar junto é isso...
Tem regra para tudo e tudo bem...
Mas desde que fiquei presa dentro do elevador, o bicho pegou...
Sou claustrofóbica e fiquei presa no elevador de serviço durante 30 eternos minutos!
Foi como estar no inferno!
Dai comecei a usar o social... com meu cachorro.
E sim, está errado...sei disso...
Mas aqui as pessoas somente usam o elevador de serviço. O social fica lá dando sopa sozinho, abandonado.
Resolvi resgatar o elevador social com nada mais, nada menos que meu labrador.
Óbvio, caos instalado! Ninguém usa, ninguém quer MAS regras sao regras e lá veio um aviso enorme do tipo:
- Coloque seu cão aqui e te multaremos até no escambau da conchinchina...
Logo enviei uma carta para sindica e administração solicitando compreensão pois "estava traumatizada".
Em vão! E ainda levei um esfrega.
Ahhhh pois bem...
Esfrega para me dar tem que ter estofo!
Então , pensei, pensei e pensei...
Se respondo na mesma moeda, quem perde sou eu...
Decidi outra tática...
Escrevi uma carta para TODOS os condominos enfatisando a diferença entre regra/obrigação versus gentileza/educação.
Logo eles poderiam ser gentis em usar apenas o elevador social quando não estiverem com compras.
E agora estabeleço um nova regra....se vc, OUSAR, usar o elevador de serviço, como a própria nomenclatura diz, SERVIÇO, sem ter nada, será taxado e olhado de esguelha...vc virou um ser sem educação e sem possuir aquela tal gentileza.
Como foi enviada a todos, a idéia é simples...todos saberão de uma regra "sugerida" e sugestão de gentileza pega mal pacas não cumprir não ?
E que vença a gentileza...não a regra, não a obrigação pela obrigação!
Morar junto é isso...
Tem regra para tudo e tudo bem...
Mas desde que fiquei presa dentro do elevador, o bicho pegou...
Sou claustrofóbica e fiquei presa no elevador de serviço durante 30 eternos minutos!
Foi como estar no inferno!
Dai comecei a usar o social... com meu cachorro.
E sim, está errado...sei disso...
Mas aqui as pessoas somente usam o elevador de serviço. O social fica lá dando sopa sozinho, abandonado.
Resolvi resgatar o elevador social com nada mais, nada menos que meu labrador.
Óbvio, caos instalado! Ninguém usa, ninguém quer MAS regras sao regras e lá veio um aviso enorme do tipo:
- Coloque seu cão aqui e te multaremos até no escambau da conchinchina...
Logo enviei uma carta para sindica e administração solicitando compreensão pois "estava traumatizada".
Em vão! E ainda levei um esfrega.
Ahhhh pois bem...
Esfrega para me dar tem que ter estofo!
Então , pensei, pensei e pensei...
Se respondo na mesma moeda, quem perde sou eu...
Decidi outra tática...
Escrevi uma carta para TODOS os condominos enfatisando a diferença entre regra/obrigação versus gentileza/educação.
Logo eles poderiam ser gentis em usar apenas o elevador social quando não estiverem com compras.
E agora estabeleço um nova regra....se vc, OUSAR, usar o elevador de serviço, como a própria nomenclatura diz, SERVIÇO, sem ter nada, será taxado e olhado de esguelha...vc virou um ser sem educação e sem possuir aquela tal gentileza.
Como foi enviada a todos, a idéia é simples...todos saberão de uma regra "sugerida" e sugestão de gentileza pega mal pacas não cumprir não ?
E que vença a gentileza...não a regra, não a obrigação pela obrigação!
segunda-feira, 26 de março de 2012
Sobre Deuses e Rezas - Rubem Alves
Nem tanto ao céu, nem tanto a terra...
Acho importante se reconectar com Deus de tempos em tempos como a gente fala com mãe e filho...tem que ter laços mas que é bacana a reflexão abaixo,é...
"Perdida no meio dos viajantes que enchiam o aeroporto, ela era uma figura destoante. A roupa largada, os passos pesados, uma sacola de plástico pendurada numa das mãos – esses sinais diziam que ela já não mais ligava para a sua condição de mulher: não se importava em ser bonita. Pensei mesmo que se tratava de uma freira. Seu comportamento era curioso: dirigia-se às pessoas, falava por alguns momentos, e como não lhe prestassem atenção, procurava outras com quem falar. Quando vi que tinha uma Bíblia na mão, compreendi tudo: ela se imaginava possuidora de conhecimentos sobre Deus que os outros não possuíam e tratava de salvar-lhes as almas.
Meu caminho me obrigou a passar perto dela, e, quando olhei para o seu rosto de perto, levei um susto: eu o reconheci de outros tempos, quando era uma moça bonita que ria e brincava e para quem olhávamos com olhares de cobiça.
Não resisti e chamei alto o seu nome. Ela se espantou, olhou-me com um olhar interrogativo, não me reconheceu. Com razão. Os muitos anos deixam suas marcas no rosto.
-Eu sou o Rubem!
Seu rosto se iluminou pela lembrança, sorriu, e pensei que poderíamos nos assentar e conversar sobre as nossas vidas. Mas a preocupação dela com a minha alma não permitia essas perdas de tempo com conversa fiada. E tratou de verificar se o meu passaporte para a eternidade estava em ordem.
- Você continua firme na fé! Ela afirmou interrogativamente.
- Mas de jeito nenhum, respondi. Então você deixou de ler a Bíblia? Pois lá está dito que Deus é espírito, vento impetuoso que sopra em todo lugar, o mesmo vento que Ele soprou dentro da gente para que respirássemos, fôssemos leves e pudéssemos voar. Quem está no vento não pode estar firme. Firmes são as pedras, as tartarugas, as âncoras. Você já viu um papagaio firme? Papagaio firme é papagaio no chão, não voa. Pois eu estou mais é como urubu, lá nas alturas, flutuando ao sabor do imprevisível Vento Sagrado, sem firmeza alguma, rodando em largos círculos.
Ela ficou perdida, acho que nunca havia ouvido resposta tão estranha. Mudou de tática e tentou pegar a minha alma do outro lado. Desatou a falar de Deus, informou-me que ele é maravilhoso, etc., etc., como se estivesse no púlpito em celebração de domingo.
Refugiei.
- Acho que quem não está firme em Deus é você – eu disse.
Olha, passei a noite toda respirando, estou respirando desde que acordei, e juro que agora é a primeira vez que penso no ar. Não pensei nem falei no ar porque somos bons amigos. Ele entra e sai do meu corpo quando quer , sem pedir licença. Mas a história seria outra se eu estivesse com asma, os brônquios apertados, o ar sem jeito de entrar, ou, como naquele anúncio antigo do xarope Bromil, o coitado do homem sufocado por uma mordaça, gritando pelo ar que lhe faltava. Por via de dúvidas, até andaria com uma garrafa de oxigênio na bagagem, para qualquer emergência.
Olha, passei a noite toda respirando, estou respirando desde que acordei, e juro que agora é a primeira vez que penso no ar. Não pensei nem falei no ar porque somos bons amigos. Ele entra e sai do meu corpo quando quer , sem pedir licença. Mas a história seria outra se eu estivesse com asma, os brônquios apertados, o ar sem jeito de entrar, ou, como naquele anúncio antigo do xarope Bromil, o coitado do homem sufocado por uma mordaça, gritando pelo ar que lhe faltava. Por via de dúvidas, até andaria com uma garrafa de oxigênio na bagagem, para qualquer emergência.
- Pois Deus é como o ar - continuei.- Quando a gente está em boas relações com ele não é preciso falar. Mas quando a gente está atacado de asma, então é preciso ficar gritando por Deus. Do jeito como o asmático invoca o ar. Quem fala com Deus o tempo todo é asmático espiritual. E é por isso que andam sempre com Deus engarrafado em Bíblia e noutros livros e coisas de função parecida. Só que o vento não pode ser engarrafado…
Aí ela viu que minha alma estava perdida mesmo e, como consolo, fez um sinal de adeus e disse que iria orar muito por mim. Aí eu protestei, implorei que não o fizesse. Disse-lhe que eu tinha medo de que Deus ficasse ofendido. Pois há rezas e orações que são ofensas. Pois é óbvio: se vou lá, bater às portas de Deus, pedindo que ele tenha dó de alguém, eu lhe estou imputando duas imperfeições que, se fosse comigo, me deixariam muito bravo.
Primeiro, estou dizendo que não acredito no amor dele. Deve ser meio fraquinho, sem iniciativa, preguiçoso, à espera do meu cotucão. Se eu não der a minha cotucada, Deus não se mexe. E isso não é coisa de ofender Deus? Segundo, estou sugerindo que Ele deve andar meio esquecido, desmemoriado, necessitando de um secretário que lhe lembre suas obrigações . E trato de, diariamente, apresentar-lhe a sua agenda de trabalho. Mas está lá nos salmos e nos evangelhos que Deus sabe tudo antes que a gente fale qualquer coisa. Ora, se a gente fica no falatório é porque não acredita nisso. Não acredito em oração em que a gente fala e Deus escuta. Acredito mesmo é na oração em que a gente fica quieto para ouvir a voz que se faz ouvir no meio do silêncio.
- Veja você. Tive um filho que estudava longe. Eu gostava dele. Ele gostava de mim. De vez em quando a gente se falava ao telefone. E o dinheiro da mesada ia sempre, com telefonema ou sem telefonema. Agora imagine: de repente começo a receber telefonemas dele três vezes por dia e mensagens por sedex, cartas e telegramas louvando o meu amor, agradecendo a minha generosidade… Você acha que isso me faria feliz? De jeito nenhum. Concluiria que o meu pobre filho havia endoidecido e estava acometido de um terrível medo de que eu o abandonasse. Pois é assim mesmo com Deus: quem fica o dia inteiro atrás dele, com falatório, é porque desconfia dele. Mas o pior é o gosto estético que assim se imputa a Deus. Uma pessoa que gosta de passar o dia inteiro ouvindo os outros repetindo as mesmas coisas, as mesmas palavras, as mesmas rezas, pela eternidade afora, não deve ser muito boa da cabeça. Pra mim isso é o inferno. Quem reza demais acha que Deus não funciona bem da cabeça. Acho que ele ficaria mais feliz se, em vez do meu falatório, eu lhe oferecesse uma sonata de Mozart ou um poema da Adélia…
Mas aí o alto-falante chamou o meu vôo, tive que me despedir, e imagino que ela ficou aflita, temerosa de que Deus derrubasse meu avião com um raio. Mal sabia ela que Deus nem mesmo havia ouvido a nossa conversa pois, cansado das doidices dos adultos, ele foge sempre que vê dois deles conversando e se esconde dele, disfarçado de criança."
Palavras para desatar nós - Rubem Alves
Eu adoro as crônicas do Rubem.
E as palavras que ele usa, como psicanalista, para nos ajudar a desatar nossos nós...são imperdíveis e esclarecedoras.
E as palavras que ele usa, como psicanalista, para nos ajudar a desatar nossos nós...são imperdíveis e esclarecedoras.
As idéias Malucas
"O mundo é um circo de coisas loucas, soltas e enjauladas. Seja, desse circo,o palhaço... Siga o conselho do Mário Quintana que dizia que,para afugentar o dragão que corre atrás da gente soltando fogo pela boca, basta olhar para ele e dizer:
Fifi! Fifi!
Não há dragão forte que resista ao poder de uma palavrinha fraca que provoca o riso..."
Fifi...fifi....rsrsrsrsrs
Fifi! Fifi!
Não há dragão forte que resista ao poder de uma palavrinha fraca que provoca o riso..."
Fifi...fifi....rsrsrsrsrs
domingo, 25 de março de 2012
Tranquilize-se - Rubem Alves
Então você está com medo porque acha que a sua vida está prestes a desmoronar: paredes que você considerava firmas estão fora de prumo, há sinais de rachaduras no reboco, as lâmpadas no teto balançam sugerindo terremotos que se aproximam, pensa até em mudar para outras paragens, ninguém segura terremoto, você escora as paredes mas não põe muita fé no que está fazendo, escora outras, mas você é fraco demais para tanta confusão, parece que tudo é inútil, as coisas não se encaixam, sua alma se agita, há muito que você não conhece a felicidade uma noite de sono feliz, cada manhã é uma angústia, seu corpo está perturbado, faz coisas que não deveria fazer, fere pessoas por onde passa, justamente as pessoas que você ama e que são a razão de ser da sua vida. É triste isso: que freqüentemente sejam as pessoas amadas as que vão receber o veneno que se ajuntou em nós. Aí, ao sentimento de catástrofe junta-se o sentimento de culpa, como se você fosse a causa de tudo o que existe de errado.
Quando isso ocorre, a gente começa a sentir raiva e dó da gente mesmo. Essa combinação de sentimentos é letal. Uma vez vi uma maria-fedida chupando os sucos de uma lagarta enfiou dentro dela uma pequena tromba e foi chupando, chupando, do mesmo jeito que se chupa iogurte com canudinho. A lagarta foi esvaziando até ficar como um saco de pele vazio. Cuidado! Os sentimentos de autopiedade podem fazer com você o que a maria-fedida fez com a lagarta: eles nos exaurem de nossas energias.
Aconselho-o a tomar um banho frio. Banho quente não. Dá moleza. Fuja de quem tem dó de você e deseja consolá-lo. Prefira a voz dura do bruxo D. Juan. O aprendiz de feitiçaria, Carlos Castanheda, começou com uma conversa choramingas e logo recebeu do feiticeiro um golpe. “Sua cabeça é um saco de lixo. Você precisa ouvir a sabedoria da morte. A morte é a única conselheira sábia que temos. Sempre que você sentir, como você sente sempre, que tudo está errado e que você está prestes a ser aniquilado, volte-se para a sua morte e pergunte-lhe se é assim mesmo. Sua morte lhe dirá que você está errado. Nada realmente importa, fora do seu toque. Sua morte lhe dirá: ´Eu ainda não toquei`.”
A morte ainda não o tocou. Portanto, seus motivos de queixa não têm importância. Mais cedo ou mais tarde seus problemas vão se resolver, de um jeito ou de outro.
Há dois tipos de problemas.
Primeiro, os problemas reais: uma cólica renal, uma goteira, uma conta para pagar, uma perna quebrada, um pneu furado os pratos do jantar para lavar, um amor que não deu certo, uma pessoa querida que morreu.
Esses problemas se resolvem de duas formas. Os pratos a gente lava, o pneu a gente troca, a perna quebrada se encana. Problemas que devem ser resolvidos sem reclamação e sem muito falatório, pos reclamações e falatórios, além de nada contribuírem para a solução dos mesmos, só servem para produzir irritação. Os faladores são especialistas nisso.
Outros não têm solução. O amor que não deu certo, a pessoa querida que morreu: só resta chorar. E o importante é enxotar os consoladores, que são a praga mor daqueles que estão sofrendo. Os consoladores acham sempre que suas tolas palavras são capazes de encher o vazio do sofrimento.
Problemas, sofrimentos, frustrações são partes da vida. Não é possível evitá-los. Mas é possível sofrê-los com sabedoria.
Por isso cuide de seu corpo e de sua alma. Freqüentemente as pessoas me perguntam: “Tudo bem?” Eu respondo: “Nem para deus, todo-poderoso, as coisas vão bem. As coisas não vão bem mas eu vou bem.” É como no avião: lá fora está uma terrível tempestade, nuvens pretas, não se vê nada, os raios iluminam o escuro, o avião pula como um cavalo bravo. E eu, já que não posso mesmo fazer coisa alguma, tomando o meu uisquinho. O medo é enorme. Mas entre medo sem uísque e medo com uísque, prefiro a segunda alternativa. Na vida é assim: tudo vai mal, mas preciso que o corpo e a alma sejam um centro de tranqüilidade.
Mas essa tranqüilidade não acontece pro acaso. Ela é o resultado de disciplina.
Sugiro que o primeiro ato do seu dia seja um ato de defesa. Há uma série de e de encheções à sua espera: lista de coisas para fazer, compras, providências práticas, crianças a serem levadas à escola. Claro, você não poderá fugir dessas responsabilidades. Mas não deixe que sejam elas as primeiras a entrar dentro do seu corpo. Lide com elas com a sobriedade Zen. Caso contrário, elas tomarão conta do seu corpo e da sua alma e se transformarão numa legião de demônios a atormentá-los através do dia.
Tire quinze minutos da manhã, antes de fazer qualquer coisa. Não é muito tempo. E você merece. Ponha uma música pra tocar. Há tanta coisa bonita. O canto gregoriano, as sonatas de Scarlatti, as sonatas para violino e piano de Bach, as mazurcas de Chopin (pura brincadeira), as “Cenas infantis” ou as “Cenas de floresta” de Schumann. Esses são gostos meus. Você terá gostos seus. O importante é que, no início da manhã, a música seja cheia de paz.
Enquanto você ouve a música, leia. Estou me deleitando com a leitura do livro de Eclesiastes, e estou mesmo me atrevendo a uma tradução poética minha: “Neblinas, neblinas, tudo são neblinas”, diz o poeta. “O homem, por mais que trabalhe, poderá por acaso produzir algo sólido, que não seja neblina? Uma geração passa, outra geração lhe sucede – como a neblina; somente a terra permanece...”.
Esse sentimento de que tudo é espuma e areia tem um efeito tranqüilizador. Tudo é neblina, tudo é espuma. Pense na praia, ao final do dia, arrasada pela praga dos humanos que a violentam de todas as formas possíveis. Vem a noite. A solidão. Sobe a maré. Pela manhã a praia é uma pele lisa, jovem, sem nenhuma cicatriz. Toda a loucura humana foi esquecida. Pois assim mesmo é a vida: tudo será esquecido – de sorte que não vale a pena nos afligirmos.
E reze o poema de Ricardo Reis, resumo da minha filosofia de vida:
“Mestre, são plácidas todas as horas que nós perdemos se no perdê-las, qual numa jarra, nós pomos flores. Não há tristezas nem alegrias em nossa vida. Assim saibamos, sábios incautos, não a viver, mas decorrê-la, tranqüilos, plácidos, tendo as crianças por nossas mestras, e os olhos cheios de natureza. À beira-rio, à beira- estrada, conforme calha sempre no mesmo descanso de estar vivendo. O tempo passa. Não nos diz nada. Envelhecemos. Saibamos, quase maliciosos, sentir-nos ir. Não vale a pena fazer um gesto. Não se resiste ao deus atroz que os próprios filhos devora sempre. Colhamos flores. Molhemos leves as nossas mãos nos rios calmos, para aprendemos calma também. Girassóis sempre fitando o sol, da vida iremos tranqüilos, tendo nem o remorso de ter vivido”.
Igual ao sábio das Escrituras é a Cecília Meireles: que a morte ainda não o tocou, trate de aprender a viver com sabedoria. A sabedoria não é garantia de felicidade. A vida não oferece garantias de felicidade para ninguém. Como disse Guimarães Rosa, “felicidade só em raros momentos de distração”. Mas a sabedoria nos livra dos sofrimentos provocados pela nossa própria loucura. Quem é sábio sofre pelas razões justas e, por isso mesmo, sofre com tranqüilidade. A sabedoria nos traz paz de espírito. Que é aquilo que mais o coração deseja. Paz de espírito é como um campo batido pelo vento, como um riacho de águas limpas, como uma borboleta pousada sobre uma flor.
A cabeça é um útero terrível. Dela tanto podem sair flores e borboletas quanto charcos e escorpiões. De vez em quando ela é invadida pelos demônios das catástrofes e dos horrores – e aí não existe corpo que agüente. Os tais demônios são produtores de filmes, que fi cam sendo exibidos em sessão contínua em nossa cabeça.
Para Karina, minha amiga irmã
Ka,
Cheguei em casa , vi esta foto e me levou longe...
Amiga querida, eu tenho muito, muito medo, desde a perda do meu pai, de não dizer as pessoas o que elas significam para mim e de repente elas sumirem...eu fui me despedindo do meu pai devagar e tive tempo de dizer, não tudo, mas o que era importante.
Então, olhando a foto e tomada de muito afeto te escrevo, publicamente...pois publicamente vc sempre mostra o quanto faz por mim...
Ka, vc tem sido uma amiga e tanto.
Uma irmã, mais que amiga. Vc está comigo em momentos surreais da minha vida...na alegria e na tristeza... vc participa, vc me enche de afeto quando entrega seu melhor para mim : a Julia!
Este ser que amo tanto, mas tanto, que saiu do meu coração , não do meu sangue então tem valor maior ainda pois é escolhida.
Mas seria injusto eu dizer que é só pela Julia....ela é o que gerou mas vc gera muita coisa bacana.
Somos o avesso e muitas vezes questiono como podemos ser amigas.
A resposta é sempre a mesma : Afeto e Respeito.
Sendo que o caso do segundo, aprendemos mecanismos para não nos "estapearmos"...a gente aprendeu a acionar o botão de "cambio desligo"antes que nossas divergências sejam maiores que nosso afeto.
E esta sabedoria eu tenho com poucos...e exerço na integra com vc.
Quando vi a Julia correr para meu colo naquela alegria toda eu sempre me pergunto o quanto tem de vc lá....o quanto vc não deve ter pilhado a menina do tipo:
- Corre lá e dê um super abraço na sua tia...
Sempre vem as duas...eu olho e vejo o quanto vc cuida disso e eu te admiro nisso, demais.
Sim brigamos pacas em termos de trabalho e já está na hora de vc parar de querer que eu aprove suas coisas...afinal vamos nos matar nisso...isso é sempre tão pequeno perto do que eu acho ou deixo de achar...
Vc tem o melhor que esta acima de tudo : vc me entrega esta moeda rara, cara e difícil : o carinho com que lida comigo e mesmo quando não lida, dá um jeito de pedir desculpas de forma estabanada mas que eu entendo e já te perdôo mesmo antes de vc começar a falar...e vice e versa.
É assim...já tentei racionalizar o porque faço isso com vc e com poucas e raras pessoas...
Porque , minha amiga, vc, sempre dá...em excesso a moeda mais rara, mais cara e mais valiosa para mim : Afeto!
Este luxo de sentimento que aprecio tanto.
Hoje recebi chocolate em forma de afeto, abraços da Julia em forma de afeto e vc sentada no chão em forma de afeto me dizendo...vai lá...mais um sonho se realizando...
Então, te digo, minha amiga irmã ou melhor irmã amiga ...obrigada por fazer parte da minha vida.
Obrigada por estar sempre por perto...
Simplesmente ...obrigada!
PS: E la vai eu de novo esquecendo de dizer o mais importante a vc, aquele que vc sempre briga...
Sim, Ka, eu vejo o que vc te feito e fez como profissional.
Eu vejo o quanto vc cresceu, eu vejo o quanto vc tem feito para ter diferencial no mercado imobiliario, sim eu vejo tudo isso e sim elogiei sua apresentação para seu espanto ! Tive que ouvir um ....até que enfim!
Mas Ká....eu sou mega chata em trabalho e elogio pouco...mas quando faço...é de verdade..e de verdade,tipo com firma reconhecida, 3 testemunhas...não aquele elogio de tapinhas nas costas...é elogio com firma reconhecida e 3 testemunhas, sacou ? Pronto com firma reconhecida amiga....bjbj
Cheguei em casa , vi esta foto e me levou longe...
Amiga querida, eu tenho muito, muito medo, desde a perda do meu pai, de não dizer as pessoas o que elas significam para mim e de repente elas sumirem...eu fui me despedindo do meu pai devagar e tive tempo de dizer, não tudo, mas o que era importante.
Então, olhando a foto e tomada de muito afeto te escrevo, publicamente...pois publicamente vc sempre mostra o quanto faz por mim...
Ka, vc tem sido uma amiga e tanto.
Uma irmã, mais que amiga. Vc está comigo em momentos surreais da minha vida...na alegria e na tristeza... vc participa, vc me enche de afeto quando entrega seu melhor para mim : a Julia!
Este ser que amo tanto, mas tanto, que saiu do meu coração , não do meu sangue então tem valor maior ainda pois é escolhida.
Mas seria injusto eu dizer que é só pela Julia....ela é o que gerou mas vc gera muita coisa bacana.
Somos o avesso e muitas vezes questiono como podemos ser amigas.
A resposta é sempre a mesma : Afeto e Respeito.
Sendo que o caso do segundo, aprendemos mecanismos para não nos "estapearmos"...a gente aprendeu a acionar o botão de "cambio desligo"antes que nossas divergências sejam maiores que nosso afeto.
E esta sabedoria eu tenho com poucos...e exerço na integra com vc.
Quando vi a Julia correr para meu colo naquela alegria toda eu sempre me pergunto o quanto tem de vc lá....o quanto vc não deve ter pilhado a menina do tipo:
- Corre lá e dê um super abraço na sua tia...
Sempre vem as duas...eu olho e vejo o quanto vc cuida disso e eu te admiro nisso, demais.
Sim brigamos pacas em termos de trabalho e já está na hora de vc parar de querer que eu aprove suas coisas...afinal vamos nos matar nisso...isso é sempre tão pequeno perto do que eu acho ou deixo de achar...
Vc tem o melhor que esta acima de tudo : vc me entrega esta moeda rara, cara e difícil : o carinho com que lida comigo e mesmo quando não lida, dá um jeito de pedir desculpas de forma estabanada mas que eu entendo e já te perdôo mesmo antes de vc começar a falar...e vice e versa.
É assim...já tentei racionalizar o porque faço isso com vc e com poucas e raras pessoas...
Porque , minha amiga, vc, sempre dá...em excesso a moeda mais rara, mais cara e mais valiosa para mim : Afeto!
Este luxo de sentimento que aprecio tanto.
Hoje recebi chocolate em forma de afeto, abraços da Julia em forma de afeto e vc sentada no chão em forma de afeto me dizendo...vai lá...mais um sonho se realizando...
Então, te digo, minha amiga irmã ou melhor irmã amiga ...obrigada por fazer parte da minha vida.
Obrigada por estar sempre por perto...
Simplesmente ...obrigada!
PS: E la vai eu de novo esquecendo de dizer o mais importante a vc, aquele que vc sempre briga...
Sim, Ka, eu vejo o que vc te feito e fez como profissional.
Eu vejo o quanto vc cresceu, eu vejo o quanto vc tem feito para ter diferencial no mercado imobiliario, sim eu vejo tudo isso e sim elogiei sua apresentação para seu espanto ! Tive que ouvir um ....até que enfim!
Mas Ká....eu sou mega chata em trabalho e elogio pouco...mas quando faço...é de verdade..e de verdade,tipo com firma reconhecida, 3 testemunhas...não aquele elogio de tapinhas nas costas...é elogio com firma reconhecida e 3 testemunhas, sacou ? Pronto com firma reconhecida amiga....bjbj
sábado, 24 de março de 2012
Saúde Mental - Rubem Alves
"Fui convidado a fazer uma preleção sobre saúde mental. Os que me convidaram supuseram que eu, na qualidade de psicanalista, deveria ser um especialista no assunto. E eu também pensei. Tanto que aceitei.Mas foi só parar para pensar para me arrepender. Percebi que nada sabia.Eu me explico.
Comecei o meu pensamento fazendo uma lista das pessoas que, do meu ponto de vista, tiveram uma vida mental rica e excitante, pessoas cujos livros e obras são alimento para a minha alma. Nietzsche, Fernando Pessoa, Van Gogh, Wittgenstein, Cecília Meireles, Maiakovski. E logo me assustei. Nietzsche ficou louco. Fernando Pessoa era dado à bebida. Van Gogh matou-se.Wittgenstein alegrou-se ao saber que iria morrer em breve: não suportava mais viver com tanta angústia. Cecília Meireles sofria de uma suave depressão crônica. Maiakoviski suicidou-se.Essas eram pessoas lúcidas e profundas que continuarão a ser pão para os vivos muito depois de nós termos sido completamente esquecidos.
Mas será que tinham saúde mental? Saúde mental, essa condição em que as idéias comportam-se bem, sempre iguais, previsíveis, sem surpresas, obedientes ao comando do dever, todas as coisas nos seus lugares, como soldados em ordem unida, jamais permitindo que o corpo falte ao trabalho, ou que faça algo inesperado; nem é preciso dar uma volta ao mundo num barco a vela, basta fazer o que fez a Shirley Valentine (se ainda não viu, veja o filme) ou ter um amor proibido ou, mais perigoso que tudo isso, a coragem de pensar o que nunca pensou.Pensar é uma coisa muito perigosa...
Não, saúde mental elas não tinham.Eram lúcidas demais para isso.Elas sabiam que o mundo é controlado pelos loucos e idosos de gravata.Sendo donos do poder, os loucos passam a ser os protótipos da saúde mental.Claro que nenhum dos nomes que citei sobreviveria aos testes psicológicos a que teria de se submeter se fosse pedir emprego numa empresa. Por outro lado, nunca ouvir falar de político que tivesse depressão. Andam sempre fortes em passarelas pelas ruas da cidade, distribuindo sorrisos e certezas.
Sinto que meus pensamentos podem parecer pensamentos de louco e por isso apresso-me aos devidos esclarecimentos.
Nós somos muito parecidos com computadores. O funcionamento dos computadores, como todo mundo sabe, requer a interação de duas partes. Uma delas chama-se hardware, literalmente "equipamento duro", e a outra denomina-se software, "equipamento macio". Hardware é constituído por todas as coisas sólidas com que o aparelho é feito. O software é constituído por entidades "espirituais" - símbolos que formam os programas e são gravados nos disquetes. Nós também temos um hardware e um software.
O hardware são os nervos do cérebro, os neurônios, tudo aquilo que compõe o sistema nervoso. O software é constituído por uma série de programas que ficam gravados na memória. Do mesmo jeito como nos computadores, o que fica na memória são símbolos, entidades levíssimas, dir-se-ia mesmo "espirituais", sendo que o programa mais importante é a linguagem.
Um computador pode enlouquecer por defeitos no hardware ou por defeitos no software.Nós também. Quando o nosso hardware fica louco há que se chamar psiquiatras e neurologistas, que virão com suas poções químicas e bisturis consertar o que se estragou. Quando o problema está no software, entretanto, poções e bisturis não funcionam.
Não se conserta um programa com chave de fenda.Porque o software é feito de símbolos e, somente símbolos, podem entrar dentro dele.Ouvimos uma música e choramos. Lemos os poemas eróticos de Drummond e o corpo fica excitado. Imagine um aparelho de som. Imagine que o toca-discos e os acessórios, o hardware, tenham a capacidade de ouvir a música que ele toca e se comover. Imagine mais, que a beleza é tão grande que o hardware não a comporta e se arrebenta de emoção!
Pois foi isso que aconteceu com aquelas pessoas que citei no princípio:
A música que saia de seu software era tão bonita que seu hardware não suportou... Dados esses pressupostos teóricos, estamos agora em condições de oferecer uma receita que garantirá, àqueles que a seguirem à risca, "saúde mental" até o fim dos seus dias.
Opte por um software modesto. Evite as coisas belas e comoventes.
A beleza é perigosa para o hardware. Cuidado com a música... Brahms, Mahler, Wagner, Bach são especialmente contra-indicados. Quanto às leituras, evite aquelas que fazem pensar. Tranquilize-se há uma vasta literatura especializada em impedir o pensamento. Se há livros do doutor Lair Ribeiro, por que se arriscar a ler Saramago?Os jornais têm o mesmo efeito. Devem ser lidos diariamente. Como eles publicam diariamente sempre a mesma coisa com nomes e caras diferentes, fica garantido que o nosso software pensará sempre coisas iguais. E, aos domingos, não se esqueça do Silvio Santos e do Gugu Liberato.
Seguindo essa receita você terá uma vida tranqüila, embora banal.
Mas como você cultivou a insensibilidade, você não perceberá o quão banal ela é. E, em vez de ter o fim que tiveram as pessoas que mencionei, você se aposentará para, então, realizar os seus sonhos. Infelizmente, entretanto, quando chegar tal momento, você já terá se esquecido de como eles eram..."
Como diria minha idolatrada ex terapeuta :
- cada um dá o nome que quer para satisfazer suas escolhas...uns dão nome de vida tranqüila, sanidade mental a cada coisa...
Então, bom final de semana para pensar...ou não!
Comecei o meu pensamento fazendo uma lista das pessoas que, do meu ponto de vista, tiveram uma vida mental rica e excitante, pessoas cujos livros e obras são alimento para a minha alma. Nietzsche, Fernando Pessoa, Van Gogh, Wittgenstein, Cecília Meireles, Maiakovski. E logo me assustei. Nietzsche ficou louco. Fernando Pessoa era dado à bebida. Van Gogh matou-se.Wittgenstein alegrou-se ao saber que iria morrer em breve: não suportava mais viver com tanta angústia. Cecília Meireles sofria de uma suave depressão crônica. Maiakoviski suicidou-se.Essas eram pessoas lúcidas e profundas que continuarão a ser pão para os vivos muito depois de nós termos sido completamente esquecidos.
Mas será que tinham saúde mental? Saúde mental, essa condição em que as idéias comportam-se bem, sempre iguais, previsíveis, sem surpresas, obedientes ao comando do dever, todas as coisas nos seus lugares, como soldados em ordem unida, jamais permitindo que o corpo falte ao trabalho, ou que faça algo inesperado; nem é preciso dar uma volta ao mundo num barco a vela, basta fazer o que fez a Shirley Valentine (se ainda não viu, veja o filme) ou ter um amor proibido ou, mais perigoso que tudo isso, a coragem de pensar o que nunca pensou.Pensar é uma coisa muito perigosa...
Não, saúde mental elas não tinham.Eram lúcidas demais para isso.Elas sabiam que o mundo é controlado pelos loucos e idosos de gravata.Sendo donos do poder, os loucos passam a ser os protótipos da saúde mental.Claro que nenhum dos nomes que citei sobreviveria aos testes psicológicos a que teria de se submeter se fosse pedir emprego numa empresa. Por outro lado, nunca ouvir falar de político que tivesse depressão. Andam sempre fortes em passarelas pelas ruas da cidade, distribuindo sorrisos e certezas.
Sinto que meus pensamentos podem parecer pensamentos de louco e por isso apresso-me aos devidos esclarecimentos.
Nós somos muito parecidos com computadores. O funcionamento dos computadores, como todo mundo sabe, requer a interação de duas partes. Uma delas chama-se hardware, literalmente "equipamento duro", e a outra denomina-se software, "equipamento macio". Hardware é constituído por todas as coisas sólidas com que o aparelho é feito. O software é constituído por entidades "espirituais" - símbolos que formam os programas e são gravados nos disquetes. Nós também temos um hardware e um software.
O hardware são os nervos do cérebro, os neurônios, tudo aquilo que compõe o sistema nervoso. O software é constituído por uma série de programas que ficam gravados na memória. Do mesmo jeito como nos computadores, o que fica na memória são símbolos, entidades levíssimas, dir-se-ia mesmo "espirituais", sendo que o programa mais importante é a linguagem.
Um computador pode enlouquecer por defeitos no hardware ou por defeitos no software.Nós também. Quando o nosso hardware fica louco há que se chamar psiquiatras e neurologistas, que virão com suas poções químicas e bisturis consertar o que se estragou. Quando o problema está no software, entretanto, poções e bisturis não funcionam.
Não se conserta um programa com chave de fenda.Porque o software é feito de símbolos e, somente símbolos, podem entrar dentro dele.Ouvimos uma música e choramos. Lemos os poemas eróticos de Drummond e o corpo fica excitado. Imagine um aparelho de som. Imagine que o toca-discos e os acessórios, o hardware, tenham a capacidade de ouvir a música que ele toca e se comover. Imagine mais, que a beleza é tão grande que o hardware não a comporta e se arrebenta de emoção!
Pois foi isso que aconteceu com aquelas pessoas que citei no princípio:
A música que saia de seu software era tão bonita que seu hardware não suportou... Dados esses pressupostos teóricos, estamos agora em condições de oferecer uma receita que garantirá, àqueles que a seguirem à risca, "saúde mental" até o fim dos seus dias.
Opte por um software modesto. Evite as coisas belas e comoventes.
A beleza é perigosa para o hardware. Cuidado com a música... Brahms, Mahler, Wagner, Bach são especialmente contra-indicados. Quanto às leituras, evite aquelas que fazem pensar. Tranquilize-se há uma vasta literatura especializada em impedir o pensamento. Se há livros do doutor Lair Ribeiro, por que se arriscar a ler Saramago?Os jornais têm o mesmo efeito. Devem ser lidos diariamente. Como eles publicam diariamente sempre a mesma coisa com nomes e caras diferentes, fica garantido que o nosso software pensará sempre coisas iguais. E, aos domingos, não se esqueça do Silvio Santos e do Gugu Liberato.
Seguindo essa receita você terá uma vida tranqüila, embora banal.
Mas como você cultivou a insensibilidade, você não perceberá o quão banal ela é. E, em vez de ter o fim que tiveram as pessoas que mencionei, você se aposentará para, então, realizar os seus sonhos. Infelizmente, entretanto, quando chegar tal momento, você já terá se esquecido de como eles eram..."
Como diria minha idolatrada ex terapeuta :
- cada um dá o nome que quer para satisfazer suas escolhas...uns dão nome de vida tranqüila, sanidade mental a cada coisa...
Então, bom final de semana para pensar...ou não!
sexta-feira, 23 de março de 2012
A Irmã Perversa
Ela nasceu assim...e ela enganava a todos...
Ela continua enganando alguns...
Ela aprontava , ela apronta, ela maltrata, ela se diverte na sua perversão.
Ela odeia a família, ela diz que o problema é o pai, o pai morre mas ela continua na perversão...
Ela diz que engravidou para sair de casa pois não queria ficar lá e lá ficou...
Ela foi rejeitada pelo cara e o filho é a cara de quem a rejeitou...ela se vinga do amor não correspondido NO filho...o filho é a prova do fracasso dela...ela odeia o fracasso.
Ela é cruel apenas pela crueldade.
Já foi dado o nome de loucura, desta forma fica mais aceitável para quem recebe a dor...é melhor dizer que a culpa não é dela...é da loucura ...do que encarar a perversão.
Ela é perversa, ela é má.
Tem gente que é assim...apenas assim...perverso.
Conhece alguma mãe que "rouba" a pensão do filho ?
Pois é...ela pegou durante 6 anos a pensão do menino e usou para outras coisas....para ela...para seu deleite...e só enviava 20% do dinheiro...o restante ficava em seu bolso...
Conhece alguém que faz mal ao filho ?
Ela...
Conhece alguém louco que usa de forma sagaz sua maldade ? Que sempre é a vítima para justificar seus atos perversos ?
Ela...ela consegue...
Ela não tem limites para perversão...
O pai, que ela tanto odiava, deixou para ela o "passaporte do ricos"...uma cidadania européia.
Ela disse que não queria, pois a outra irmã disse:
- Tem que ter ônus e bônus....Quer coisas do papai ? Então vams dividir os custos do translado do caixão e pegue a cidadania idem...
Ela chorou, disse que a irmã era maldosa, que ela tinha direito, que estava adoecendo com a irmã que não a entendia...melhor deixar para lá pois estava "adoecendo" e... sorrateiramente foi ao consulado , pegou a cidadania e....
E sim...mais uma vez a perversão...deu apenas para seu filho mais novo...
Ela, mais uma vez, explica sua maldade...sua irmã descobre e envia uma email com titulo suave :
- Você é podre!
E ela decide mostrar, que não é tão podre assim...perversos não gostam de ser descobertos.
Ela diz que a mãe precisa parar de comer file mignon e comer carne moída pois ela não tem R$ 500,00 por mês para mandar...ela que trabalha numa multinacional e ganha bem...
Ela é assim...
Ela não pode ser descoberta...ela até ligou para o filho e disse:
- Olha sua tia soltou os cachorros em mim, eu realmente tirei a cidadania e meu outro filho também. Se vc quiser, pode tirar ai...
E o outro filho chorou..copiosamente... a mãe, mais uma vez, em vida, machucava-o...
Como pode ?
Não sei...não alcanço...não entendo...
Nesse nível de perversão...não consigo...
Se você tem uma irmã legal assim, copie e cole no seu mural.
Se você tem uma filha legal assim, copie e cole no seu mural.
Se você tem uma mãe legal assim , copie e cole no seu mural.
Tem vergonha não ?
Todos têm...
Um misto de raiva, dor e vergonha...muita vergonha...
"Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com nomes, pessoas ou acontecimentos reais terá sido mera coincidência"
:-(((
Ela continua enganando alguns...
Ela aprontava , ela apronta, ela maltrata, ela se diverte na sua perversão.
Ela odeia a família, ela diz que o problema é o pai, o pai morre mas ela continua na perversão...
Ela diz que engravidou para sair de casa pois não queria ficar lá e lá ficou...
Ela foi rejeitada pelo cara e o filho é a cara de quem a rejeitou...ela se vinga do amor não correspondido NO filho...o filho é a prova do fracasso dela...ela odeia o fracasso.
Ela é cruel apenas pela crueldade.
Já foi dado o nome de loucura, desta forma fica mais aceitável para quem recebe a dor...é melhor dizer que a culpa não é dela...é da loucura ...do que encarar a perversão.
Ela é perversa, ela é má.
Tem gente que é assim...apenas assim...perverso.
Conhece alguma mãe que "rouba" a pensão do filho ?
Pois é...ela pegou durante 6 anos a pensão do menino e usou para outras coisas....para ela...para seu deleite...e só enviava 20% do dinheiro...o restante ficava em seu bolso...
Conhece alguém que faz mal ao filho ?
Ela...
Conhece alguém louco que usa de forma sagaz sua maldade ? Que sempre é a vítima para justificar seus atos perversos ?
Ela...ela consegue...
Ela não tem limites para perversão...
O pai, que ela tanto odiava, deixou para ela o "passaporte do ricos"...uma cidadania européia.
Ela disse que não queria, pois a outra irmã disse:
- Tem que ter ônus e bônus....Quer coisas do papai ? Então vams dividir os custos do translado do caixão e pegue a cidadania idem...
Ela chorou, disse que a irmã era maldosa, que ela tinha direito, que estava adoecendo com a irmã que não a entendia...melhor deixar para lá pois estava "adoecendo" e... sorrateiramente foi ao consulado , pegou a cidadania e....
E sim...mais uma vez a perversão...deu apenas para seu filho mais novo...
Ela, mais uma vez, explica sua maldade...sua irmã descobre e envia uma email com titulo suave :
- Você é podre!
E ela decide mostrar, que não é tão podre assim...perversos não gostam de ser descobertos.
Ela diz que a mãe precisa parar de comer file mignon e comer carne moída pois ela não tem R$ 500,00 por mês para mandar...ela que trabalha numa multinacional e ganha bem...
Ela é assim...
Ela não pode ser descoberta...ela até ligou para o filho e disse:
- Olha sua tia soltou os cachorros em mim, eu realmente tirei a cidadania e meu outro filho também. Se vc quiser, pode tirar ai...
E o outro filho chorou..copiosamente... a mãe, mais uma vez, em vida, machucava-o...
Como pode ?
Não sei...não alcanço...não entendo...
Nesse nível de perversão...não consigo...
Se você tem uma irmã legal assim, copie e cole no seu mural.
Se você tem uma filha legal assim, copie e cole no seu mural.
Se você tem uma mãe legal assim , copie e cole no seu mural.
Tem vergonha não ?
Todos têm...
Um misto de raiva, dor e vergonha...muita vergonha...
"Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com nomes, pessoas ou acontecimentos reais terá sido mera coincidência"
:-(((
quinta-feira, 22 de março de 2012
Arte de engolir sapos - Rubem Alves
"Por que engolir um sapo?
Há pessoas que engolem sapos por medo. Bem que seria possível evitar a repulsiva refeição: o sapo é um sapinho. Mas elas preferem engolir o sapo a enfrentá-lo. Não têm coragem de pegá-lo e jogá-lo contra a parede. Pessoas que fizeram do ato de engolir sapos um hábito acabam por ficar parecidas com eles: andam aos pulos, sempre rente ao chão e coaxam monotonamente."
"Ninguém engole sapo de livre vontade. Engole porque não tem outro jeito. Tem sempre alguém que nos obriga a engolir o sapo, à força. A pessoa que nos obriga a engolir o sapo, a gente nunca mais esquece. Diz a Adélia que “aquilo que a memória amou fica eterno”. Aí eu acrescento algo que aprendi no Grande Sertão. Conversa de jagunços matadores. Diz um: “Mato mas nunca fico com raiva”. Retruca o outro, espantado: “Mas como?” Explica o primeiro: “Quem fica com raiva leva o outro para a cama.” É isso. A gente leva, para a cama, a pessoa que nos obrigou a engolir o sapo. A raiva também eterniza as pessoas. Não adianta falar em perdão. A gente fica esperando o dia em que ela também terá de engolir um sapo. Ou como dizia uma propaganda antiga de loteria, a gente reza: “O seu dia chegará...”
O que me assusta é que no processo de "vingança" a pessoa nem percebe que está vingando E coaxando, rente ao chão...
A vingança tem um sabor estupendo mas um preço alto demais para quem tem apenas uma vida...e para quem não nasceu para coaxar...
Ilustração : Daniel Bueno para Abril
Há pessoas que engolem sapos por medo. Bem que seria possível evitar a repulsiva refeição: o sapo é um sapinho. Mas elas preferem engolir o sapo a enfrentá-lo. Não têm coragem de pegá-lo e jogá-lo contra a parede. Pessoas que fizeram do ato de engolir sapos um hábito acabam por ficar parecidas com eles: andam aos pulos, sempre rente ao chão e coaxam monotonamente."
"Ninguém engole sapo de livre vontade. Engole porque não tem outro jeito. Tem sempre alguém que nos obriga a engolir o sapo, à força. A pessoa que nos obriga a engolir o sapo, a gente nunca mais esquece. Diz a Adélia que “aquilo que a memória amou fica eterno”. Aí eu acrescento algo que aprendi no Grande Sertão. Conversa de jagunços matadores. Diz um: “Mato mas nunca fico com raiva”. Retruca o outro, espantado: “Mas como?” Explica o primeiro: “Quem fica com raiva leva o outro para a cama.” É isso. A gente leva, para a cama, a pessoa que nos obrigou a engolir o sapo. A raiva também eterniza as pessoas. Não adianta falar em perdão. A gente fica esperando o dia em que ela também terá de engolir um sapo. Ou como dizia uma propaganda antiga de loteria, a gente reza: “O seu dia chegará...”
O que me assusta é que no processo de "vingança" a pessoa nem percebe que está vingando E coaxando, rente ao chão...
A vingança tem um sabor estupendo mas um preço alto demais para quem tem apenas uma vida...e para quem não nasceu para coaxar...
Ilustração : Daniel Bueno para Abril
quarta-feira, 21 de março de 2012
Inveja
Inveja de acordo com o Aurélio
Desgosto ou pesar pelo bem ou pela felicidade de outrem.
Somos humanos, temos sombras, sentimos inveja.
A questão é sempre o que fazer com isso.
Decidi lidar com a inveja da seguinte forma :
Tenho como obter ? Se sim, corro atrás para ter o meu.
Não tenho ? Então bora pensar em outra coisa para repor ai no lugar.
Ficar se corroendo de inveja é perder tempo e odeio perder tempo.
O que me aborrece é gente que não sobe no palco e atira pedras em quem está...
Por simples e a mais pura INVEJA!
PS: Abajur com o nome de Envy....
Talvez inveja do livro, da inteligência, dos comichões que um aprendizado dá, da vida do outro...
Desgosto ou pesar pelo bem ou pela felicidade de outrem.
Somos humanos, temos sombras, sentimos inveja.
A questão é sempre o que fazer com isso.
Decidi lidar com a inveja da seguinte forma :
Tenho como obter ? Se sim, corro atrás para ter o meu.
Não tenho ? Então bora pensar em outra coisa para repor ai no lugar.
Ficar se corroendo de inveja é perder tempo e odeio perder tempo.
O que me aborrece é gente que não sobe no palco e atira pedras em quem está...
Por simples e a mais pura INVEJA!
PS: Abajur com o nome de Envy....
Talvez inveja do livro, da inteligência, dos comichões que um aprendizado dá, da vida do outro...
Mentir
Mentir
"Afirmar uma coisa que sabe ser contrária à verdade;
Errar no que diz;
Dar uma indicação contrária a realidade."
Diz o Aurélio.
O engraçado é que o mentiroso, geralmente, tem péssima memória e conta, sem perceber, o contrário da versão anterior.
Opto pela verdade.
Primeiro porque sou esquecida, segundo porque ela sempre é mais fácil de ser lembrada...
terça-feira, 20 de março de 2012
Dandara
O que faz ela ser quase um segredo
É ser ela assim, tão transparente
É ser ela assim, tão transparente
Ela é livre e ser livre a faz brilhar
Ela é filha da terra,céu e mar
Dandara
Ela é filha da terra,céu e mar
Dandara
Pablo Neruda II
"Mas se amo os teus pés
É só porque andaram
Sobre a terra e sobre
O vento e sobre a água,
Até me encontrarem"
Pablo Neruda
É só porque andaram
Sobre a terra e sobre
O vento e sobre a água,
Até me encontrarem"
Pablo Neruda
Pablo Neruda
"Tu eras também uma pequena folha que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube que ias comigo, até que as tuas raízes atravessaram o meu peito, se uniram aos fios do meu sangue, falaram pela minha boca, floresceram comigo."
Pablo Neruda
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube que ias comigo, até que as tuas raízes atravessaram o meu peito, se uniram aos fios do meu sangue, falaram pela minha boca, floresceram comigo."
Pablo Neruda
Pido Silencio - Pablo Neruda
- Seu pai era criativo , não ? Que imaginação!
Foi essa uma das poucas falas da minha analista há uns 3 anos atrás quando falava de meu pai....
Lembrei disso agora ao ler o poema do Pablo Neruda de eternidade, de morrer e nascer... nascer de outra forma.
Lembro dessa brincadeira de criança. Foi essa brincadeira que contei na minha análise....
Meu pai escondia dinheiro e pediu para as filhas encontrarem. E brincava de quente , morno e frio até chegar no lugar.
A questão eram os lugares....eles destarrachava uma parte do lustre, atrás da televisão, embaixo do banco num buraco único...nunca num lugar óbvio demais...era cansativo demais para ele.
Eu amava ver a alegria no rosto dele quando estávamos brincando.
Contei a ele uma vez sobre como foi importante isso para mim.
Para minha surpresa ele apenas me devolveu :
- É merrrrrmooooo
E riu...
Nem sei se foi tão importante a ele mas para mim ficou muito forte esta lembrança....de felicidade...ao redor dele!
E foi ao ler o poema de Pablo Neruda me veio isso....o nascer, na morte!
Eu AMAVA esta brincadeira! Ela , ficará eterna!
PIDO SILENCIO
AHORA me dejen tranquilo.
Ahora se acostumbren sin mí.
Yo voy a cerrar los ojos
Y sólo quiero cinco cosas,
cinco raices preferidas.
Una es el amor sin fin.
Lo segundo es ver el otoño.
No puedo ser sin que las hojas
vuelen y vuelvan a la tierra.
Lo tercero es el grave invierno,
la lluvia que amé, la caricia
del fuego en el frío silvestre.
En cuarto lugar el verano
redondo como una sandía.
La quinta cosa son tus ojos,
Matilde mía, bienamada,
no quiero dormir sin tus ojos,
no quiero ser sin que me mires:
yo cambio la primavera
por que tú me sigas mirando.
Amigos, eso es cuanto quiero.
Es casi nada y casi todo.
Ahora si quieren se vayan.
He vivido tanto que un día
tendrán que olvidarme por fuerza,
borrándome de la pizarra:
mi corazón fue interminable.
Pero porque pido silencio
no crean que voy a morirme:
me pasa todo lo contrario:
sucede que voy a vivirme.
Sucede que soy y que sigo.
No será, pues, sino que adentro
de mí crecerán cereales,
primero los granos que rompen
la tierra para ver la luz,
pero la madre tierra es oscura:
y dentro de mí soy oscuro:
soy como un pozo en cuyas aguas
la noche deja sus estrellas
y sigue sola por el campo.
Se trata de que tanto he vivido
que quiero vivir otro tanto.
Nunca me sentí tan sonoro,
nunca he tenido tantos besos.
Ahora, como siempre, es temprano.
Vuela la luz con sus abejas.
Déjenme solo con el día.
Pido permiso para nacer.
segunda-feira, 19 de março de 2012
Anestesia
Anestesio a dor
Anestesio a tristeza
Anestesio o pensar.
Sofro perto, sofro longe,sofro, sofro!
Grito num silêncio de surdos onde ninguém mais me ouve, inclusive eu mesmo.
Sopros de infelicidade me conduziram até aqui.
Ela está em mim há tanto tempo que nem bem mais sei quem eu sou
Quem eu sou, quem eu sou...
E me perco mais uma vez pelo pensar...
Anestesiado pela dor
Anestesiado pela tristeza
Anestesiado pelo melhor não pensar.
sábado, 17 de março de 2012
O caos é sedutor demais
Quando separou ouviu de uma amiga :
- Que bom vc ter separado dele amiga. Seu primeiro casamento acabou e nesta segunda relação você sempre estava tensa, insegura...sem saber quando seria a próxima traição. Fiquei feliz, apesar de não ser hora para te dizer isso pois fiquei com medo de você achar que amar, seja "isso".
Bonita, rica, inteligente , sedutora e insegura.
Seu rol de amigos e amantes eram homens que compravam tudo, inclusive a companhia, o suposto afeto.
Acreditava que os homens eram todos assim, compradores.
Separou-se, 2 filhas, um marido/moleque....uma dor enorme...não entende...
Terminou o casamento mas os moleques continuam...
Homens são todos moleques.
Casou, separou, voltou, gritava, grita, some, chora...Somos todos uns bostas...Casamento é isso e meus sonhos estão lá...estavam lá...estão lá...
Lugar de desrespeito, cuidava de todos e tudo. Tentava unir o que não tinha liga. Amar tornou-se significado de fardo...algo que inutilmente desgasta-se e não sai do lugar.
O caos é sedutor demais para sair dele.
Sair dele, muitas vezes, significa deixar de existir...
Melhor ficar em pé no pó...que sair do pó e não saber por onde começar...
Caos, caos...roda mundo, roda gigante...
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